Morte da campeã da Libertadores 2022 de futsal causa comoção
Pietra Medeiros, de 20 anos, faleceu após um transplante de fígado por conta de uma hepatite autoimune
A morte da jogadora de futsal, Pietra Medeiros, de 20 anos, causou comoção no esporte. A atleta era uma das apostas da nova geração, inclusive foi campeã da Libertadores feminina neste ano.
Pietra Medeiros vestia a camisa do Taboão Magnus e não resistiu à realização de um transplante de fígado que foi necessário por conta de uma hepatite autoimune que a fez ser internada há 10 dias.
“É com muito pesar que comunicamos o falecimento da nossa atleta Pietra. Agradecemos a todos que se uniram nesses últimos dias desafiadores e oraram por ela. Desejamos muita força a todos os familiares e ao nosso grupo. A foto vai colorida e com esse sorrisão lindo”, publicou o time Taboão Magnus nas redes sociais com uma imagem da jogadora vestida com o uniforme da equipe.
A morte precoce da atleta sensibilizou o mundo do esporte e vários profissionais da área se pronunciaram sobre a perda no futsal. O técnico da Seleção Brasileira de Futsal, Marquinhos Xavier, lamentou a perda. “Sinto muito, em meu nome e da Seleção Brasileira de Futsal externo os sentimentos aos familiares, amigos e amantes do futsal pela perda de uma grande guerreira da nossa modalidade”, afirmou Xavier.
O ex-jogador de futsal, Falcão, considerado o maior de todos os tempos na modalidade também se manifestou. “Que Deus te receba de braços abertos e conforte a sua família. Futsal em luto”, disse Falcão.
Sobre a hepatite autoimune
A doença que matou a jogadora Pietra Medeiros é crônica e atinge o fígado sem o perigo de contaminar outras pessoas. De acordo com o Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG), a doença é mais comum entre mulheres na faixa dos 30 anos, mas pode acontecer em qualquer idade com menos frequência, como foi o caso da jogadora.
A hepatite autoimune vê as células do fígado como estranha e as ataca. Como consequência, existe uma inflamação do órgão, cirrose e fibrose hepática. O problema acontece em pessoas com predisposição genética, contato com bactérias, vírus, medicamentos e outros fatores. Entre os sintomas mais comuns estão fraqueza, cansaço, mal-estar, dores no abdômen e olhos amarelados.
Na forma aguda da doença, pode acontecer mal-estar, náuseas, vômitos e dores abdominais, e em um terço dos casos, a hepatite autoimune também pode levar à parada súbita do fígado. Nesta situação é necessário um transplante de urgência, como aconteceu com a jogadora.
Fica o alerta que esporte é saúde, mas mesmo jogadores e esportistas precisam de acompanhamento regular de um médico com o check-up em dia. Priorize você e sua saúde.
