Futebol Feminino

Copa do Mundo 2022 teve pela primeira vez mulheres apitando

Copa do Mundo 2022 teve pela primeira vez mulheres apitando

O Mundial no Catar teve seis profissionais no comando, entre elas a brasileira Neuza Back

Aos poucos e com o esforço de muitas apaixonadas pelo futebol, a modalidade tem se tornado mais inclusiva e democrática. Prova disso é que pela primeira vez na história, a Copa do Mundo 2022 teve mulheres apitando nos jogos.

Por conta de o torneio ser masculino, as mulheres não poderão ficar nos gramados. Mas isso não significa que não estarão no comando.

Serão seis mulheres apitando: Salima Mukansanga, Yoshimi Yamashita e Stephanie Frappart como árbitras, e Neuza Back, Karen Díaz Medina e Kathryn Nesbit, como auxiliares.

Representando as mulheres brasileiras está Neuza Back, árbitra-assistente de futebol e educadora física. Ela já atuou nas Olimpíadas do Rio em 2016 e nas Olimpíadas de Tóquio em 2020, além de ter experiência em outros torneios de expressão internacional.

Neuza Back pertence ao quadro de árbitros da Federação Paulista de Futebol, CBF, CONMEBOL e FIFA.

“É um momento em que a gente fala tanto de machismo e de preconceito, e a gente tem esse exemplo positivo da Fifa estar levando mulheres pra Copa do Mundo, incluindo mulheres no meio desse esporte que o pessoal adora tanto e é tão apaixonado que é o futebol”, contou a árbitra em entrevista para o Jornal Nacional.

Mesmo que as mulheres na arbitragem ainda representem apenas 4% do número total de profissionais do Mundial FIFA, essa será a primeira vez em 92 anos que as regras serão ditadas em algum momento por mulheres.

Além de Neuza Back, outras brasileiras terão destaque nesta Copa do Mundo. É o caso de Ana Thais Matos, única comentarista enviada pela Globo ao Catar, país ainda majoritariamente machista e com tradições ultraconservadoras.

“Uma Copa plural, de vários rostos, de várias vozes, em um país difícil, que não enxerga as mulheres. Estou me permitindo emocionar e tentando entender o que eu vou viver, levar como mulher. Eu não posso deixar de falar desse lugar. É por isso que eu estou aqui, ser mulher me conduziu até aqui”, falou a comentarista ao Uol.

Outros destaques são Renata Silveira, primeira narradora do Brasil a transmitir o campeonato em um canal de TV aberto e Natália Lara, primeira narradora do SporTV a trabalhar na Copa e a mais jovem colaboradora do canal na cobertura.

“Espero que nesta Copa, as meninas liguem a TV e vejam muitas mulheres narrando e comentando jogos de futebol”, disse Renata Silveira em entrevista para o podcast do G1, O Assunto.

Para concluir o timaço de mulheres brasileira na Copa do Catar, não podemos esquecer da lenda do futebol feminino, a jogadora Formiga. Duas vezes vice-campeã olímpica e uma vez vice-campeã mundial de futebol, a jogadora é uma das comentaristas da Globo durante o Mundial.

Boleira feliz é quando tem Copa acontecendo não é mesmo? Deixe nos comentários os motivos que te fazem amar um Mundial – ainda mais com mulheres em destaque.

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