Futebol Feminino

CBF venderá bens e investirá valores no futebol feminino

CBF venderá bens e investirá valores no futebol feminino

A medida permitirá à entidade economizar pelo menos R$ 12,5 milhões por ano

Um avião, um helicóptero, um carro de luxo e duas salas comerciais localizadas no centro do Rio de Janeiro – bens de propriedade da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) – serão vendidos e o valor será investido no futebol feminino.

A medida renderá a economia de pelo menos R$ 12,5 milhões por ano para a entidade e era uma promessa de campanha do atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

A decisão aconteceu em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última semana que contou com a presença de representantes das 25 federações estaduais de futebol aptos a votar.

A venda dos bens deve render entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões. O presidente da CBF disse que vau usar o valor arrecadado para investir em estrutura de estádios e no futebol feminino.

Entre os patrimônios que serão vendidos em breve estão o avião Cessna 680 Citation Sovereign (prefixo PP-AAD) ano 2009, com capacidade para nove passageiros e comprado em 2009. Já no ano passado, o ex-presidente presidente Rogério Caboclo iniciou uma negociação para vendê-lo por US$ 6,5 milhões – cerca de R$ 31,4 milhões – mas o negócio não foi concluído.

Além disso o helicóptero Augusta A109S, ano 2010, de quatro lugares, avaliado em US$ 3 milhões – R$ 15 milhões – é o outro bem que está na lista das futuras vendas, ao lado de um carro Mercedes-Benz E 500, blindado, ano 2009, que vale R$ 162 mil segundo a tabela Fipe e duas salas comerciais em um prédio na rua Visconde de Inhaúma, no centro do Rio de Janeiro.

Quem é Ednaldo Rodrigues?

É ex-presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF). Nasceu em Vitória da Conquista, na Bahia e tem 68 anos. Formado em ciências contábeis, tem especialização nas áreas de auditoria financeira e de gestão administrativa.

Foi jogador de futebol amador nas décadas de 1970 a 1980 e logo que se aposentou dos gramados passou a se dedicar à administração esportiva.

Nordestino e negro, sempre teve sempre atuação destacada na área social por meio de projetos do futebol, levantando uma bandeira diferente da vista até então a partir de um cargo tão importante.

“Sofri todo tipo de pressão de preconceito. Preconceito por ser do Nordeste, por ser baiano, por ser do interior, o presidente por ser negro. Essa é a grande realidade e a grande resposta”, disse Ednaldo após ter a eleição confirmada.

Nós, entusiastas do futebol, esperamos mesmo que esse dinheiro seja utilizado para fomento de uma modalidade tão importante e representativa. Que cada vez mais, a FIFA possa olhar o futebol feminino com mais igualdade e direitos assegurados.

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