Copa Rainha Marta se consolida no futebol feminino do Nordeste
A edição de 2022 é a maior já realizada com 30 equipes de todo o estado do Alagoas
Marta Vieira da Silva ou simplesmente Rainha Marta, dispensa comentários e maiores apresentações. Embaixadora da boa vontade da ONU Mulheres e eleita a melhor futebolista do mundo por seis vezes – cinco de forma consecutiva – entre homens e mulheres, é um orgulho para o Brasil, com certeza.
Para o estado do Alagoas, onde nasceu e foi criada, não é diferente. Sua filha mais ilustre é tão importante que uma copa com o seu nome foi criada para promover o esporte feminino.
Equipes de futebol amador de todo o Estado, com mulheres de 17 a 40 anos, com até duas atletas de 13 a 16 anos em cada time, podem participar.
Na terra da maior atleta de futebol até os dias atuais, a Copa Rainha Marta, chega nesta edição de 2022 com 30 equipes e se consolida no cenário nordestino com um importante evento no fomento, na valorização e no reconhecimento do futebol feminino para a sociedade brasileira, para que outras Martas se destaquem e ganhem o país na disputa pela categoria.
A competição evoluiu muito e nem de longe lembra o início em 2015, quando apenas 8 equipes disputaram o torneio. Na edição deste ano, a copa dá a oportunidade para mais de 600 atletas mostraram seu talento em campo e ganharem visibilidade na categoria.
“A Copa Rainha Marta é um compromisso do Governo de Alagoas, por meio da Selaj, com o futebol feminino. Na terra da Rainha Marta, nós precisamos dar o exemplo e ano após ano, estamos reforçando o nosso apoio, ampliando a estrutura, número de equipes e consequentemente de atletas”, afirmou o Secretário do Esporte, Lazer e Juventude, Charles Hebert, líder da pasta responsável pela pasta que realiza o evento.
A competição estreou no último domingo (29), às 17h, no Estádio Rei Pelé, com solenidade de abertura e as partidas entre Acauã x Guerreira e Capelinha x Atalaia.
Sobre a Rainha Marta
Nascida no município de Dois Riachos, no interior do Alagoas, a atleta já foi seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo, sendo uma referência no esporte mundial, não apenas no feminino.
Com apenas 14 anos, Marta foi morar no Rio de Janeiro para realizar o sonho de viver do futebol. Seu primeiro clube como jogadora foi o Vasco, onde conseguiu se projetar e ser convocada para a Seleção Brasileira.
Desde então a rainha – apelido carinhoso que ganhou na modalidade por seu desempenho estrondoso – passou por times de destaque em todo o globo, como Umea Ik, da Suécia, Los Angeles Sol, nos EUA, Santos e Orlando Pride, no qual joga atualmente.
Nas conquistas coletivas, Marta conquistou além da Libertadores e da Copa do Brasil, foi campeã da Champions League, Copa América, das ligas sueca e americana, ouro no Pan de 2003 e 2007, prata nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008 e um vice-campeonato do mundo com a Seleção em 2007, na China.
Já nos títulos individuais, foi eleita a melhor jogadora do mundo pela Fifa em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2018, e ganhou a Bola de Ouro da entidade em 2010. Na Copa de 2007, conquistou a Bola e a Chuteira de Ouro. É a maior artilheira da seleção brasileira – contando os times feminino e masculino – com 118 gols.
Que a Copa Rainha Marta abra caminhos para outras competições inspirarem e reconhecerem o valor do futebol feminino.
