Futebol Feminino

O que mudou no futebol feminino brasileiro com Pia Sundhage?

O que mudou no futebol feminino brasileiro com Pia Sundhage?

Logo em seu primeiro ano no comando da Seleção Brasileira, a técnica sueca coleciona seis vitórias em 11 jogos e 66% de aproveitamento

A primeira estrangeira a comandar a Seleção Feminina de futebol feminino conseguiu o feito de colocar o time de volta no ranking Top 10 da FIFA, onde atualmente o Brasil ocupa a 8ª posição.

O nome da responsável por esse e outros feitos é Pia Sundhage, uma técnica sueca que há um ano está agitando terras verde e amarelas com seu estilo exigente e rígido. Antes de aceitar o desafio no Brasil, Pia liderou as equipes da China, Estados Unidos e Suécia e em todas elas revolucionou o jeito de jogar futebol através da técnica em campo e dos desempenhos focados em estatísticas.

À frente da Seleção, são 11 jogos, com 6 vitória, 4 empates e 1 derrota. Pia Sundhage trouxe um novo olhar para o futebol feminino brasileiro, com mais planejamento, mais pesquisa dos adversários e consequentemente, o dobro de conversões em gols.

“É futebol, é trabalho em equipe, é trabalho duro, é desafiador, e também muito divertido. Eu estou entre pessoas inteligentes, fiz novos amigos, e me senti abraçada e aceita no Brasil como uma mulher sueca que ama futebol. Por isso, eu sou muito grata!”, revelou Pia em uma entrevista para a CBF.

Por conta da pandemia por Covid-19, a técnica comemorou seu primeiro ano no comando da Seleção Brasileira trabalhando à distância, direto da Suécia. Toda semana ela lidera reuniões com a comissão técnica, as jogadoras e os técnicos das Seleções Feminina Sub-20 e Sub-17 de forma remota, pela internet. O objetivo de Pia é manter a excelência e o foco nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o maior desafio do Brasil nos próximos meses.

“Queremos jogar pelo ouro”. Essa é a motivação da treinadora para a disputa, a conquista de um título inédito para o elenco.

Mudanças estruturais no futebol feminino

O presidente da entidade, Rogério Caboclo, anunciou recentemente a equiparação de salários das jogadoras e jogadores das Seleções Brasileira. Além disso, a CBF colocou mulheres de peso à frente de cargos de destaque, como Aline Pellegrino, nova coordenadora de futebol feminino e Duda Luizelle, nova coordenadora de times femininos. Cargos esses, que historicamente, só eram preenchidos por homens.

Pia Sundhage se pronunciou sobre as mudanças. “Isso é histórico e poder fazer parte disso é muito especial. Tenho tudo que preciso e vamos trabalhar muito duro, são notícias fantásticas”, destacou a treinadora.

Conquistas de Pia Sundhage em jogos

– Brasil 5 x 0 Argentina – Torneio Internacional de São Paulo
– Brasil 0 x 0 Chile – Decisão nos pênaltis do Torneio Internacional de São Paulo – Brasil 4 x 5 Chile
– Brasil 2 x 1 Inglaterra – Amistoso Internacional
– Brasil 3 x 1 Polônia – Amistoso Internacional
– Brasil 4 x 0 Canadá – Torneio Internacional da China 
– Brasil 0 x 0 China – Decisão nos pênaltis do Torneio Internacional da China – Brasil 2 x 4 China
– Brasil 6 x 0 México – Amistoso Internacional
– Brasil 4 x 0 México – Amistoso Internacional
– Brasil 0 x 0 Holanda – Torneio Internacional da França
– Brasil 0 x 1 França – Torneio Internacional da França
– Brasil 2 x 2 Canadá – Torneio Internacional da França

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