É raro mas eles existem: conheça os estádios que levam nomes de grandes mulheres
Maria, Eva e Teresa são mulheres que fizeram história e que nomeiam raros estádios com nomes femininos
Já parou para pensar que muitas coisas demonstram a desigualdade do futebol de acordo com o gênero? A falta de chuteiras para mulheres, a ausência de representatividade delas nas coberturas esportivas, o preconceito com a prática do futebol por meninas e até mesmo a falta de nomes de jogadoras em estádios de futebol. Tudo isso demonstra que as mulheres ainda precisam conquistar muito espaço para serem vistas realmente como as donas da bola.
Jogadores de destaque como Mané Garrincha, Rei Pelé e Nilton Santos dão seus nomes aos estádios de Brasília, Alagoas e Rio de Janeiro, respectivamente, mas você conhece alguma mulher que tenha batizado um estádio de futebol? Apesar de desconhecidos, eles existem! Conheça uma breve história desses lugares que indiretamente, contribuem para a popularização do esporte entre as mulheres.
Estádio Maria Thereza Breda em Olímpia – SP
Esse é o estádio mais antigo do Brasil a ser batizado com o nome de uma mulher. A casa do Olímpia, tradicional time do interior que tem três títulos do Paulista, leva o nome de Maria Thereza Breda, uma mulher que sempre trabalhou na lavoura, no cultivo de plantações e de animais na cidade.
Seu marido doou o terreno, onde fica o atual estádio, para a construção do campo e com a sua morte em 1946, o local deixou de se chamar Estádio Municipal de Olímpia e foi batizado como Maria Thereza Breda.
Estádio Maria Lamas Farache (Frasqueirão) em Natal – RN
O estádio foi inaugurado em 2006 e desde então, leva o nome de uma grande torcedora do ABC, Maria Lamas Farache. Nascida no Chile, ela era casada com um ex-jogador do time, Vicente Farache, que posteriormente foi diretor técnico do clube.
Com o passar dos anos, Maria se tornou uma grande entusiasta do time, se envolvendo em questões administrativas e encabeçando campanhas pelo futebol local. Seu nome foi escolhido para nomear o local pelo seu destaque na torcida do ABC.
Estádio Eva Perón, Junín, Argentina
Eva Perón, mais conhecida como Evita, dispensa apresentações. É uma das personalidades mais amadas na Argentina e quando o estádio do Sarmiento foi inaugurado em 1951, seu nome foi escolhido por representar a alegria e a preocupação com o povo argentino.
Quando o marido de Evita, o general Juan Domingo Perón foi presidente do país, uma ação populista dele fez com que muitos clubes de futebol ganhassem financiamento do governo para construírem seus campos, o que ocorreu na época da inauguração do Estádio Eva Perón.
Estádio Maria Mincheff de Lazaroff, Montevidéu
Maria Mincheff de Lazaroff foi a mãe dos irmãos que fundaram e idealizaram o clube Danúbio, dono do estádio que leva seu nome.
Nascida na Bulgária, foi Maria que sugeriu que o time uruguaio se chamasse Danúbio, o segundo maior rio da Europa, que atravessa 10 países, entre eles o território búlgaro.
Após uma eleição entre os sócios do clube em 2017, decidiu-se fazer a homenagem a Maria Mincheff Lazaroff batizando o estádio com o seu nome.
Estádio Teresa Rivero, Madri
Ainda viva, Teresa Rivero foi uma pioneira no futebol – a primeira mulher a presidir um clube espanhol da primeira divisão.
Foi nomeada presidente do clube em 1994 e fez a sua vida, com o trabalho em campo.
Sob a sua gestão, o clube Rayo Vallecano, investiu no futebol feminino e conseguiu o tricampeonato espanhol em 2009, 2010 e 2011, último ano de sua gestão.Seu nome começou a batizar o estádio em 1998, com aprovação de 74% dos sócios.
