Futebol Feminino

Brasileiras são vice-líderes em transações internacionais de futebol

Brasileiras são vice-líderes em transações internacionais de futebol

A quarta contratação mais cara de 2022 foi da jogadora Tainara, comprada pelo Bayern de Munique

As transações internacionais de futebol, tanto no masculino quanto no feminino, costumam chamar a atenção pelos altos valores de negociação.

A FIFA divulgou recentemente um ranking que traz esses números e os países mais envolvidos nas transferências. O Brasil é vice-líder, perdendo apenas para os Estados Unidos no mercado que compra, vende e negocia jogadoras.

A seleção americana realizou ao longo de 2022, a transferência de 164 jogadoras, um aumento de 28% em relação ao ano anterior.

Já o Brasil, transferiu 88 jogadoras em 2022, em média 27,5% a mais do que em 2021.

O ranking contabiliza transações internacionais mesmo quando a jogadora está fora de seu país de origem, como o caso da jogadora Tainara, que deixou o Bordeaux, da França, pelo Bayern de Munique, da Alemanha. A mudança está entre as quatro transações mais caras de 2022, mas o valor total não foi informado pela FIFA.

Já a contratação mais cara da temporada foi da inglesa Keira Walsh, que estava no Manchester City e foi para o Barcelona por € 460 mil euros, o principal recorde de transferências na história do mercado do futebol feminino.

O relatório da FIFA ainda mostra que 2022 superou todos os recordes em contratações internacionais. As movimentações somaram cerca de US$ 3,3 milhões de dólares, um aumento de 62% em relação ao mesmo período de 2021.

Na avaliação feita pela FIFA, 85% das transferências internacionais envolveram jogadoras sem contrato. Mais de 41,8% eram jogadoras amadoras que nunca tiveram contrato profissional.

“A gente sabe que o Brasil tem se desenvolvido muito, a cada ano o campeonato tem sido mais intenso, clubes cada vez mais competitivos, mas os EUA ainda são uma referência, em se tratando principalmente na questão física, então mudar para a liga americana vai ser positivo para a mim, e o Chicago em si, pela estrutura que me foi apresentada no clube, vai contribuir muito para o meu desenvolvimento, não só físico como técnico”, contou a volante brasileira Julia Bianchi, campeã paulista e da Libertadores com o Palmeiras que foi vendida recentemente pelo Chicago Red Stars.

Líderes em transferências internacionais no futebol feminino

  1. Estados Unidos – 164 jogadoras (aumento de 28% em relação a 2021)
  2. Brasil – 88 jogadoras (aumento de 27,5% em relação a 2021)
  3. Ucrânia – 80 jogadoras (aumento de 300% em relação a 2021)
  4. Colômbia – 64 jogadoras (aumento de 100% em relação a 2021)
  5. Grã-Bretanha – 64 jogadoras (aumento de 33,3% em relação a 2021)
  6. Nigéria – 53 jogadoras (aumento de 29,3% em relação a 2021)
  7. Alemanha – 40 jogadoras (aumento de 37,9% em relação a 2021)
  8. Austrália – 40 jogadoras (aumento de 2,6% em relação a 2021)
  9. França – 39 jogadoras (aumento de 95% em relação a 2021)
  10. Gana – 38 jogadoras (aumento de 90% em relação a 2021)

O mercado do futebol feminino em 2022

Total de jogadoras: 1.555 (contra 1.303 em 2021)

Transações com pagamento: 98 (contra 57 em 2021)

Associações nacionais envolvidas: 119 (contra 112 em 2021)

Clubes envolvidos: 500 (contra 410 em 2021)

Valor total das transações: 3,3 milhões de dólares (contra 2 milhões de dólares em 2021)

Clubes recebendo por transação: 73 (contra 43 em 2021)

Clubes pagando por transação: 65 (contra 41 em 2021)

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