Futebol Feminino

Atuações inéditas de mulheres no Mundial de Clubes e Super Bowl movimentam o mundo do futebol

Atuações inéditas de mulheres no Mundial de Clubes e Super Bowl movimentam o mundo do futebol

O que Edina Alves Batista, Neuza Back, Mariana de Almeida e Sarah Thomas têm em comum? O talento para fazer história! Conheça as árbitras no texto de hoje

Quatro brasileiras movimentaram o mês de fevereiro no futebol. Edina Alves Batista, Neuza Back, Mariana de Almeida e Sarah Thomas, mulheres, árbitras e profissionais bem-sucedidas que foram destaque internacional por feitos em comum: atuações inéditas na arbitragem do Mundial de Clubes e do Super Bowl, dois dos mais importantes torneios da modalidade no mundo.

Pela primeira vez na história, o Mundial de Clubes FIFA teve um trio feminino apitando. Foi no jogo entre Al Duhail e Ulsan Hyundai FC no Catar que a juíza brasileira Edina Alves Batista, a também brasileira Neuza Back e a argentina Mariana de Almeida conduziram de forma inédita as regras de uma partida de futebol masculino.

Até as três fazerem história, o mais perto que as mulheres tinham chegado na arbitragem do torneio era nos jogos da FIFA nas categorias de base, como na Copa do Mundo Sub-17, em 2017 e 2019.

As brasileiras também apitaram o jogo entre Tigres e Palmeiras e também na disputa entre Bayern de Munique e Al Ahly. Uma grande estreia e um importante feito, visto que até então, nunca nenhuma mulher tinha chegado perto de atuar em um dos principais torneios da categoria com reconhecimento internacional.

Outra guerreira que fez história nesse fevereiro de 2021 foi Sarah Thomas, que ficou conhecida por ser a primeira mulher árbitra do Super Bowl. Na partida da liga de futebol americano com Tampa Bay Buccaneers e Kansas City Chiefs disputando, a árbitra de 47 anos foi a primeira profissional a apitar na final do Super Bowl.

Em seu currículo, Sarah Thomas tem acumulado feitos históricos. Em 2015 se tornou a primeira mulher a ser contratada como árbitra na NFL, para a função de juíza de linha.  Já em 2019, Sarah foi a primeira mulher a trabalhar em um jogo de playoffs, na partida entre o New England Patriots e o Los Angeles Chargers.  

Árbitras na história! É dessa forma que Edina, Neuza, Mariana e Sarah serão lembradas. Até elas entrarem em campo, mulheres só apitavam jogos com menor relevância e sem muita visibilidade, mas a conquista delas ajudará que outras possam desfrutar de sonhos e conquistas, sem julgamentos e com muito mais igualdade para exercerem a profissão que amam, independente do gênero e da modalidade esportiva.

Nos enche de esperança notícias como essa, porque nós que sonhamos, vivemos e amamos o futebol sabemos o quanto é importante a representatividade na categoria, não só para que sejamos compreendidas, mas defendidas e prestigiadas. Para que tenhamos cada vez mais jogadoras com a gente em campo e não só com a bola nos pés, mas o apito na boca, a bandeira nas mãos e a emoção no peito de mostrar para o mundo que lugar de mulher é onde ela quiser, fazendo gol, treinando equipes, definindo estratégias e também liderando regras e lances de jogos, sejam eles femininos ou masculinos.

Lugar de mulher é na arbitragem. Lugar de mulher é fazendo história!

Posso ajudar?