Futebol Feminino

Arbitragem feminina: elas são apenas 3%, mas crescem a cada dia

Arbitragem feminina: elas são apenas 3%, mas crescem a cada dia

Apesar de haver pouca representatividade de mulheres na arbitragem brasileira, o cenário é promissor e com mais espaço para elas com o passar do tempo

Ainda não é comum ouvirmos a frase “autoriza a árbitra”, mas um dia será. A arbitragem brasileira ainda é formada em sua maioria por homens, apenas 3% dos árbitros são do gênero feminino, um cenário com pouca representatividade, mas que tem sido promissor para elas que sonham em apitar, literalmente, em campo.

O índice é da Federação Paulista de Futebol (FPF), que levando em consideração esse número nada animador, lançou um curso exclusivo para mulheres, com o objetivo de aumentar a arbitragem feminina no Brasil. A iniciativa deu tão certo que a procura de mulheres pelo curso tem sido cada vez maior e consequentemente, o mercado do futebol vai aos poucos, ganhando a resiliência e a garra feminina na arbitragem.

Outra barreira a ser quebrada por mais mulheres árbitras é pela conduta da própria FIFA. A federação não permite que mulheres apitem jogos masculinos, nem que homens apitem jogos femininos. Uma regra que afeta apenas o futebol feminino, que ainda é tabu e que muito espaço ainda precisa ser conquistado. Nesse sentido, várias campanhas na internet procuram chamar a atenção da FIFA para que essa norma seja revista e possa beneficiar as árbitras.

A arbitragem feminina no Brasil

A primeira árbitra reconhecida pela FIFA no mundo é brasileira e se chama Léa Campos. Apesar de ter sido a pioneira, ela não conseguiu apitar nenhuma partida de grande repercussão.

Já a primeira brasileira árbitra a comandar um jogo masculino de grande alcance foi Silvia Regina, que apitou jogos da elite do campeonato brasileiro masculino, clássicos e competições internacionais, como a Sul-Americana.

Os maiores problemas da arbitragem feminina no Brasil começaram em 2007, quando os padrões nos testes físicos para árbitros aumentaram. Apesar das novas exigências, várias mulheres têm surgido com alto rendimento e competitividade para atuarem no segmento com a competência necessária para a categoria.

Árbitras como Deborah Cecília, Edina Alves e Janette Arcanjo são alguns nomes da nova geração de “juízas” do futebol que têm incentivado e inspirado mulheres de todas as partes e realidades a seguirem o caminho dos seus sonhos, como estar em campo, conduzindo grandes partidas e espetáculos nos gramados.

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