Mayra Ramírez: a jogadora mais cara da história do futebol feminino
A transferência que abalou o mundo do futebol feminino custou 500 mil euros e marcou a ascensão e crescimento da modalidade no cenário mundial
Com a transferência mais cara da história do futebol feminino, a colombiana Mayra Ramírez foi contratada pelo Chelsea. No último mês de janeiro, em uma transação feita com o Levante, da Espanha, totalizou 450 mil euros, o equivalente a R$ 2,6 milhões. O valor supera os 400 mil euros que o Barcelona desembolsou para adquirir os serviços da meio-campista Keira Walsh, do Manchester City, em setembro de 2022.
A jogadora de 24 anos assinou um contrato de quatro anos e meio com as atuais detentoras do título da Superliga Feminina da Inglaterra (WSL), incluindo um bônus de 50 mil euros. Essa bonificação será variável, dependendo do alcance de metas preestabelecidas pela jogadora. Uma delas requer que Ramirez participe de pelo menos 30% das partidas.
Mayra Ramírez, a camisa 9, teve papel fundamental na classificação da seleção colombiana para as quartas de final da Copa do Mundo Feminina de 2023, emplacando seis gols em sete jogos pelo clube espanhol nesta temporada, apresentando um dos melhores índices de finalização da La Liga.
Com uma altura acima da média para jogadoras, com 1,78 m, ela também acrescenta mais potencial ao jogo aéreo da equipe de Heyes.
Ramirez foi adquirida pelo Levante após sua passagem pelo Huelva, outro clube espanhol, ao término da temporada 2021/22. Contribuiu para levar a equipe ao segundo lugar na primeira divisão, ficando apenas atrás do Barcelona.
Lesões no futebol feminino
Infelizmente o mercado de transferências no futebol feminino está aquecido devido a série de lesões entre as jogadoras. Sam Kerr é um exemplo claro disso. O investimento recorde do Chelsea surge imediatamente após o impacto causado pela lesão da australiana, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho (LCA) durante um treino no Marrocos no início de janeiro.
Kerr desempenha uma função crucial na equipe, e sua ausência foi profundamente sentida pela comissão técnica. As expectativas do Chelsea são de que Ramírez se apresente como uma substituta à altura da estrela de 30 anos.
“Estou arrasada por ela e pela equipe. Essas situações são comuns no futebol, e ela está ciente disso. O fundamental é que estamos aqui para apoiá-la”, disse a treinadora Emma Heyes após a cirurgia da atleta.
Vale ressaltar que Cat Macario, outra atacante do Chelsea, também está se recuperando de uma lesão no ligamento cruzado anterior. Assim, o setor ofensivo do time de Stamford Bridge enfrentou dificuldades desde um confronto contra o Lyon em junho de 2022. A internacional do USWNT não entrou em campo desde então.
A atacante australiana, por sua vez, concordou em prolongar seu contrato com o Chelsea para além de junho, quando o acordo anterior inicialmente expiraria. Essa renovação foi possibilitada pela transferência da meio-campista Jessie Fleming para o Portland Thorns, equipe da NWSL.
A jornada inspiradora de Mayra Ramírez não apenas impacta o cenário esportivo, mas também serve como um acelerador para o empoderamento de mulheres no mundo todo, reforçando o princípio de que o talento transcende gênero e merece ser reconhecido e recompensado de maneira justa.
Que venham muitas Mayras por aí! Bora jogar futebol feminino?
