A empoderada Kathleen Kruger e o Bayern de Munique
Através de uma frustração por não conseguir ser jogadora de futebol, nasceu a gestora internacional que lidera um dos maiores times do mundo
O nome dela é Kathleen Kruger, uma alemã de 35 anos que conquistou um cargo poderoso: gerente da equipe do Bayern de Munique, a única a assumir o cargo na Bundesliga, dita como “a mulher mais poderosa da liga”.
A história dessa inspiradora mulher tem um fator interessante. O sonho de Kruger sempre foi ser jogadora de futebol, mas devido aos baixos salários e à desvalorização da carreira, acabou desistindo dos gramados e se aposentando.
Seu início como jogadora profissional foi aos 18 anos, como reserva no FC Bayern de Munique de futebol feminino. Apenas um ano depois conseguiu mostrar suas habilidades e já estava na equipe principal na Bundesliga feminina. Seu primeiro jogo no time principal foi em 2004 contra o Wolfsburg.
Com apenas 24 anos, se aposentou em 2009 motivada a seguir em uma carreira com mais reconhecimento financeiro. Acumulou 33 jogos pela Bundesliga feminina e marcou 1 gol.
“Parei de jogar porque exigia muito esforço por apenas uma pequena mesada e, além de jogar, todos estudávamos ou trabalhamos”, disse Kruger em entrevista à revista 51.
Foi a frustração com o fim da carreira como jogadora que fez com que Kathleen Kruger partisse para outros caminhos e estudasse gestão internacional. Em paralelo, começou a estagiar na área administrativa do Bayern na organização do time feminino.
Sua eficiência logo foi notada e foi convidada a ser assistente do diretor esportivo Christian Nerlinger. Após sua saída em 2012, ela se tornou a gerente da equipe profissional do clube alemão e desde então é responsável por toda a gerência da equipe.
Entre suas principais atribuições estão coordenar viagens, treinos, acompanhamento de dietas dos jogadores, marketing dos atletas e outros. Durante os jogos ela também fica responsável por se comunicar e filtrar qualquer tipo de informação, para repassar para o técnico.
Seu comprometimento e eficiência foram notados. O técnico Pep Guardiola percebeu seu talento e a convidou para ser gerente da equipe do Manchester City, mas ela recusou a mudança de clube.
A história da alemã com o futebol é parecida com a de muitas outras boleiras. Embora seja difícil permanecer exercendo nosso amor pela categoria de forma reconhecida e valorizada, há sempre um caminho para seguirmos nossos objetivos e permanecermos com os pés e os sonhos em campo.
Gostou de conhecer mais sobre essa poderosa na equipe masculina do Bayern? Deixe nos comentários sua sugestão para as próximas histórias de mulheres que fazem a diferença no futebol no Brasil e no mundo.